Não sei bem o que foi. Se o aniversário de um grande amigo, ou se apenas eu. Mas, deste lado da cidade, ouvindo rock dos anos 70 e com o doce sabor de uma vodka, as imagens de minha infância voltaram como se fossem melhores momentos de futebol. Gols contra e a favor foram reprisados. E eu lá, ora no banco de reservas, ora em campo, com grandes jogadas e de cara para o gol.
É estranho ouvir o passado em um presente tão cheio de vazios. Sim. Estou repleto de vazios. Mas, não chega a doer, não. É só vazio. coisa normal para um menino que só jogava no gol. Na linha era uma tristeza só. O mundo me parece uma grande área e os sonhos são cada vez mais simples de serem realizados. A vida é bem mais simples aos 50, quase 51. E por falar nisso, tragam-me mais um gole, pois estou seco. E há muito vazio.

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